Esteatose hepática: quando o fígado sofre com o excesso de gordura
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Esteatose hepática: quando o fígado sofre com o excesso de gordura

Popularmente conhecida como “gordura no fígado”, a esteatose hepática acomete cerca de 50% dos pacientes com sobrepeso ou obesidade.

Publicado em:

18/9/2023

Paula tem 42 anos e sempre fez acompanhamento de rotina com sua ginecologista. Sua médica solicitava exames de sangue, mamografia, papanicolau e alguns exames de imagem. Na sua última consulta médica, Paula recebeu também um pedido de ultrassonografia abdominal.

O laudo trazia uma informação nova na sua conclusão: esteatose hepática. Paula ficou confusa, já que nunca havia tido nenhum sintoma diferente.

E agora, o que fazer?

O que é a esteatose hepática?

A esteatose hepática é uma condição na qual há acúmulo excessivo de gordura no fígado. Essa gordura em excesso pode causar inflamação (quadro chamado de Esteatohepatite), fibrose e até mesmo complicações graves, como a cirrose ou câncer hepático.

Como é feito o diagnóstico?

A maioria das pessoas acaba descobrindo que possui esteatose hepática via exame de imagem, como a ultrassonografia ou tomografia computadorizada, assim como a Paula. Além disso, exames de sangue podem demonstrar alterações das enzimas hepáticas.

Embora a ultrassonografia seja um exame amplamente utilizado para o diagnóstico de esteatose hepática, ela possui limitações. Em casos leves de esteatose, a ultrassonografia pode não ser capaz de detectar a gordura no fígado. Além disso, a ultrassonografia não pode determinar o grau de inflamação ou fibrose no fígado.

Em algumas situações, é necessário continuar a investigação com alguns outros exames, como: a elastografia, a ressonância magnética e até mesmo a biópsia hepática, com o objetivo de avaliar a quantidade de gordura no fígado e a presença de fibrose.

Paula estava acima do peso, mas… o que isso importa?

O principal fator de risco para o desenvolvimento da esteatose é a presença da síndrome metabólica, caracterizada pela junção de obesidade, hipertensão, diabetes e dislipidemia (aumento de colesterol e triglicérides).

Essa relação entre excesso de peso e acúmulo de gordura no fígado é tão bem estabelecida que cerca de 50% dos pacientes com obesidade apresentam esteatose hepática.

E o que causa esteatose?

As hipóteses mais prováveis estão relacionadas à resistência à insulina. Essa insulina em excesso favorece o acúmulo de gordura dentro dos hepatócitos, que são as células que compõem grande parte do fígado. Pessoas com sobrepeso e obesidade têm maior chance de apresentarem resistência à insulina, o que aumenta o risco de desenvolvimento de esteatose nessa população.

Pessoas magras podem ter esteatose?

Sim, embora menos frequente, pessoas magras podem ter esteatose. No entanto, em geral, elas apresentam outros fatores de risco, como aumento de colesterol e triglicérides, sedentarismo, dieta inadequada ou uso de algum tipo de medicação que favorece esse depósito de gordura.

“E agora? Tem tratamento?”

A boa notícia é que a esteatose pode sim ser revertida. O tratamento é focado em mudança de estilo de vida, com reeducação alimentar, atividade física e cessação do consumo de álcool, uma vez que o álcool também é um potente agressor hepático.

Estudos mostram que perdas de 5% do peso corporal estão associada à reversão de quadros de esteatose leve e moderada.

O tratamento medicamentoso está reservado para casos de esteatose associados à inflamação hepática (esteatohepatite).

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Aguilera-Méndez A. Esteatosis hepática no alcohólica: una enfermedad silente [Nonalcoholic hepatic steatosis: a silent disease]. Rev Med Inst Mex Seguro Soc. 2019 Mar 15;56(6):544-549. Spanish. PMID: 30889343.

Thyfault JP, Rector RS. Exercise Combats Hepatic Steatosis: Potential Mechanisms and Clinical Implications. Diabetes. 2020 Apr;69(4):517-524. doi: 10.2337/dbi18-0043. PMID: 32198195; PMCID: PMC7085252.

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Debora Terribilli da Costa

Autor

Debora Terribilli da Costa
  • Graduação em Medicina pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP)
  • Residência Médica em Radiologia e Diagnóstico por Imagem pelo InRad- HCFMUSP
  • Pós-graduação em Nutrologia pelo Hospital Israelita Albert Einstein
  • Pós-graduação em Medicina Esportiva pelo Instituto HZM
  • Título de Especialista em Medicina Esportiva (TEME)
  • Cursando MBA em Gestão de Saúde 4.0 pelo BBI of Chicago

Médica do Esporte, triatleta, mãe do João Lucas e do Gabriel e líder da nossa equipe médica. Depois de anos atuando nos bastidores da medicina como radiologista, conseguiu unir suas paixões pela vida, pelo esporte e por inovação médica aqui na Liti. “O que eu posso fazer para que as pessoas vivam mais e melhor? É a pergunta que me faz amar tanto meu trabalho. Criar soluções, torná-las realidade e ver cada vez mais pacientes alcançando sua melhor versão é o desafio que me move e me realiza.”

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